... em uma sociedade capitalista que prega a independência do ser humano; produzindo em sua mente desde o nascer a idéia de que ele pode ser independente; que não precisa das pessoas; não precisa do primeiro e mais valioso bem social que Deus criou; a família; em que os conceitos cristãos estão ficando cada vez mais longe do ideal; onde ser cristão não é mais ser diferente; onde vemos o evangelho mergulhado a um mar de neopentecostalismo que classifico ser o câncer do cristianismo verdadeiro. Tento eu viver as migalhas das heranças que deixaram nossos antepassados, desde a ressurreição de Cristo como, Estevão, Pedro, Paulo e João, desde a reforma protestante como Lutero, os Wesleys, John Knox e outros.
Hoje vivemos em um mundo regido pela mídia, a mais poderosa e eficaz arma de Satanás para destruir os resultados de um projeto perfeito de Deus, projeto este que precisa somente da atitude do ser humano . O mesmo meio que classifica a sociedade como um centro de vivência comum, onde todos são iguais e todos têm os mesmos direitos, faz com que pessoas menos favorecidas, sem uma estrutura socioeconômica e familiar, se afunde mais e mais gerando em cada indivíduo, envolto a uma redoma de egocentrismo, a decepção e depressão, devido ao fato desse jargão “todos iguais” ser apenas um meio de propagar mais ainda a política, política esta que também servirá como ferramenta ao anticristo, classificando-o como um ser perdido, sem sucesso que nasceu para perder.
Como podemos fazer das migalhas, alimento para esta sociedade?
Para vivermos neste mundo perfeito é necessário e obrigatório, para quem quer, transformar as migalhas em alimento para a sociedade que vive neste mundo imperfeito. A idéia é, sofremos aqui num mundo imperfeito para temos bem-aventuranças num mundo perfeito, passamos dificuldades num mundo imperfeito sabendo que as mesmas não nos atingirão no mundo perfeito.
Assim como Deus não muda, sua palavra também não muda e o evangelho de Cristo também não pode mudar, o que muda são as formas de preparar o alimento e entregarmos a sociedade corrompida.
Nós não podemos convencer ninguém a desviar-se do pecado, pois esta função é do Espírito Santo (João 16.08), o que nós fazemos é lançar a semente e orar para a mesma cair em terra boa (Mateus 13: 24). Cabe a nós também provarmos ao mundo que esta semente é boa e eficaz, fazemos isso se entendermos que a semente não é só a palavra lançada aos ouvidos, é também o testemunho de Cristão, o nosso comportamento em meio a situações adversas, é o abraço que damos as pessoas em nossa volta, a atenção que damos as pessoas que mais necessitam. Muitos crentes confundem o testemunho com o mal testemunho. Posso acreditar que o abraço dado em uma pessoa do mesmo sexo, o abraço dado em uma pessoa do sexo diferente, a conversa com mundanos na hora do almoço não se enquadram no aspecto de mal testemunho, pois Jesus em sua imensa sabedoria e no seu imenso amor não fez exclusão de ninguém, se assentava na roda de pecadores, (Mateus 9. 10 e 11), uma pecadora lava os seus pés e os enxuga com os cabelos (Lucas 7.37 e 38), teve compaixão de uma mulher adúltera, e se não fosse ele ela teria morrido, (Mateus 8). Hoje isso está quase que extinto, vemos um drogado e queremos chamar a policia, vemos um homossexual e queremos ficar longe e muitas outras situações que nós deixamos de agir como crentes.
O fato é que, nós crentes não somos perfeitos, temos muitas falhas, mas isso não pode servir de desculpa para justificar nossos erros, devemos fazer a nossa parte, devemos reclinar a cabeça em nosso travesseiro antes de dormir e pensar no que fizemos naquele dia em prol dos irmãos da igreja e em prol da sociedade, devemos ter a consciência de que passamos um dia na verdade, sem falsidade, dando atenção e amor a quem necessita, temos que ter a consciência de que somos guerreiros, lutando para transformar as migalhas que nos restaram em alimentos sólidos para a sociedade.
O mundo esta vestido de egocentrismo e nós devemos estar vestidos de cristianismo afim de penetrarmos este ego e mostrar-lhes que podemos ajuda-los e leva-los aonde nós também vamos um dia, ao mundo perfeito. 1° semestre 2008 –
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